É o que apontam diversas pesquisas e relatórios de tendências de gestão de capital humano.
Vagas com home office, flexibilidade de horários e que propiciam maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional estão atraindo mais profissionais do que as que se enquadram no modelo “tradicional” de trabalho.
Todavia, não basta atrair. A retenção de talentos e a manutenção da cultura organizacional estão bem do outro lado da moeda.
E, dentro das organizações, um bom onboarding é o primeiro passo para estancar o buraco do turnover tão associado a esse novo modelo de trabalho.
Continue a leitura e aprenda a montar um onboarding personalizado para o modelo híbrido.
Acordar cedo pela manhã para malhar ou sair no meio da tarde – momento o qual se considera menos produtivo. Ou quem sabe, tirar o dia para resolver dezenas de pendências pessoais que só se desenrolam em horário comercial e trabalhar à noite. Ou ainda, ter a manhã ocupada com a agenda das crianças antes de irem para a escola e concentrar-se ao máximo enquanto estão na escola.
Esses são somente alguns dos milhões de micro cenários possíveis de se imaginar de uma vida com trabalho híbrido ou remoto.
Se há três anos atrás alguém dissesse que trabalhar de casa ou de qualquer lugar era possível, com certeza era considerado “papo de coach” ou de vendedor de produto digital.
Mas a pandemia forçou as pessoas a ficarem em casa e desafiou as empresas a se reinventarem. O modelo de trabalho remoto se popularizou como única alternativa em muitas organizações. Escritórios fecharam e salas foram entregues.
Hoje, com a retomada da normalidade após momentos críticos com a doença, empresários buscam trazer os colaboradores de volta ao presencial. Elon Musk, o fundador, diretor executivo e diretor técnico da SpaceX e agora diretor executivo do Twitter, brigou com funcionários e até demitiu quem não aceitou voltar.
Acontece que as pessoas descobriram o que é ter uma vida flexível, sem perder horas de deslocamento no trânsito e baseada em entregas, e não na carga horária.
Um levantamento da consultoria Kultua realizado com 3.128 profissionais, por exemplo, apontou que funcionários preferem não ter dia fixo para ir ao escritório. Para eles, além de híbrido, importa não ter que ir ao escritório em um dia fixo da semana.
Com isso, o modelo de trabalho híbrido flexível ocupou o topo do ranking de melhores modelos de trabalho.
Em segundo lugar aparece o modelo 100% remoto, seguido do híbrido fixo – quando a empresa determina os dias de trabalho presencial -, e, por último, o presencial.
Pois é, Elon.
Não muito diferente disso, um relatório da consultoria RH Adecco mostrou que trabalhar de casa e ir ao escritório apenas alguns dias da semana é a preferência de escolha de 40% dos profissionais. Já 33% preferem apenas o home office.
Outro levantamento, agora da empresa de benchmarking global de capital humano, Gartner, trouxe que 52% dos profissionais participantes afirmaram que a existência de políticas flexíveis de trabalho vão influenciar a decisão de permanência no atual emprego.
O levantamento da Gartner, publicado na edição de fevereiro e março de 2023 da revista Você RH, trouxe ainda que 45% vão considerar apenas opções de trabalho remoto na procura por um novo emprego.
Ou seja, as empresas estão enfrentando desafios de talentos associados aos novos modelos de trabalho.
Segundo o estudo Global Talent Trends 2022-2023, da Mercer, feito com 11.000 executivos, líderes de RH e funcionários em todo o mundo, dois desses desafios são o aumento do trabalho remoto e do “quiet quitting”, ou “demissão silenciosa”.
A oferta de vagas remotas já caiu, conforme apontou um estudo do LinkedIn, em função da redução das políticas de flexibilidade no trabalho. Mesmo assim, as oportunidades com essa característica atraem muito mais candidaturas na plataforma.
Isso porque o trabalho flexível se tornou uma proposta de valor fundamental para os profissionais. Desta forma, se tornou não só um atrativo, mas um fator de retenção de talentos.
Adaptando o onboarding ao modelo híbrido de trabalho [7 dicas]
Se o modelo de trabalho mudou, os processos também mudam. Um dos mais importantes é o de onboarding. Que tal atualizar o seu programa de integração de novos colaboradores e adaptá-lo a um modelo híbrido de trabalho?
Veja abaixo 7 dicas que preparamos.
1 – Revise as políticas de RH
Com a decisão pelo formato de trabalho híbrido, a empresa precisa revisitar todas as políticas de recursos humanos, para identificar as adequações necessárias.
O trabalho híbrido exige investimento tecnológico para dispor equipamentos e conectividade aos colaboradores no home office.
Transporte, alimentação e benefícios diversos precisam ser atualizados de acordo com a legislação vigente.
Além disso, o ambiente físico precisa estimular a colaboração. Muitas empresas trocaram as estações de trabalho fixo por um formato de cowork para receber as equipes em dias alternados.
2 – Estimule a autonomia desde o início
O colaborador contratado para o formato híbrido precisa ser capaz de organizar o seu home office e gerir o próprio tempo, para conseguir equilibrar a vida pessoal e a profissional.
Por isso, promova conversas entre gestores e novos colaboradores sobre autonomia e autogestão e de alinhamento de expectativas sobre os resultados.
3 – Implemente uma Universidade Corporativa online
Um ambiente online de educação e desenvolvimento é o recurso ideal para empresas que adotaram os modelos híbrido e remoto de trabalho realizarem treinamentos e capacitações.
Quem adotou o modelo híbrido pode mesclar treinamentos presenciais com trilhas de aprendizado dos mais diferentes temas.
Além disso, pode oferecer suporte com profissionais mais experientes por meio de fóruns e realizar encontros virtuais para tirar dúvidas.
O módulo de Universidade Corporativa da UseRH, por exemplo, tem ferramentas de teste, que podem ser aplicadas para realizar avaliações de aprendizagem, emite certificados e gera um ranking dos colaboradores mais engajados nos conteúdos.
4 – Tenha um portal online ou intranet
Esse recurso é opcional e pode ser usado para passar informações importantes ao novo colaborador antes do início da integração, como:
– Instruções de como chegar à empresa;
– Orientações técnicas de segurança;
– Cronograma do processo de onboarding;
– Informações de contato dos membros da equipe e gestores;
– Perguntas frequentes sobre o onboarding;
– E outras informações que considerar importante.
5 – Mescle ações presenciais e virtuais
Uma vez que o modelo é híbrido, o onboarding também pode mesclar ações presenciais e virtuais: o primeiro dia pode ser presencial, caso a pessoa more na região da empresa, ou 100% virtual, caso não.
Em caso de ser virtual, prepare o envio de todo o material de onboarding com antecedência, como o kit de boas-vindas, acessos, cartões de benefício e outros.
O treinamento de integração, contando a história da empresa, seus valores e processos pode ser feito por uma pessoa do RH ou ser todo 100% virtual.
6 – Realize pesquisa de período de experiência
A pesquisa de período de experiência é um importante recurso para entender como está sendo a vivência do colaborador nos seus primeiros meses de trabalho, desde o processo seletivo até a integração.
Você pode usar para medir a satisfação dele e a adaptação e monitorar a experiência em cada ponto de contato.
Essa avaliação pode ser feita usando o módulo de Avaliações da UseRH, que permite a criação de diversos tipos de avaliações e pesquisas, incluindo avaliação de desempenho, de experiência, desligamento, pesquisa de clima, NPS, entre outras.
7 – Utilize uma plataforma de
admissão e onboarding
Assim como uma Universidade Corporativa facilita o dia do T&D, uma plataforma própria para admissão e onboarding otimiza o trabalho do DP e reduz diversos ruídos da operação.
Isso porque é possível criar fluxos de admissão personalizados a cada tipo de contratação, gerir múltiplas admissões, receber e validar e-mails e muito mais.
Assim será no módulo de Onboarding da UseRH, que será lançado em breve.
Conclusão
Neste artigo vimos que o modelo híbrido de trabalho é o preferido da maior parte dos trabalhadores, pois buscam um equilíbrio entre vida pessoal e profissional, maior flexibilidade de tempo e resultados.
Diante desse cenário, as empresas precisam adaptar seus processos para atender aos anseios dos novos colaboradores e também à legislação. E o onboarding é um deles.
Por isso, revise as políticas internas do RH, estimule a autonomia dos novos colaboradores, conte com uma Universidade Corporativa, tenha um portal online para se comunicar, mescle ações presenciais e virtuais, realize pesquisa de período de experiência e utilize uma plataforma de admissão e onboarding para organizar o processo e reduzir as atividades operacionais.
A UseRH pode a sua empresa com soluções para Universidade Corporativa, Avaliações e, em breve, Onboarding.
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