Os nativos digitais da geração Z oferecem vantagens para a empresa. Veja quais são e aprenda a lidar com estes profissionais.
Você já ouviu falar do nativo digital?
Eles fazem parte da geração Z e estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho, oferecendo uma grande oportunidade para as empresas aproveitarem os seus talentos.
Além disso, entender as características específicas de alguém nascido na era digital pode ser uma vantagem significativa no gerenciamento de equipes.
Isso ocorre porque a atual geração está mais imersa em tecnologia, diferenciando-se das gerações anteriores.
Portanto, é essencial para o departamento de Recursos Humanos compreender o perfil desses profissionais e promover a integração multigeracional.
Para ajudar você a lidar com o nativo digital nas empresas e conectar gerações no mercado de trabalho, conversamos com Ludmila Ribeiro, Gerente de Seleção de Talentos do Grupo Rhopen.
Acompanhe até o final!
De acordo com Ludmila, a Geração Z são as pessoas nascidas entre a década de 1990 e 2010.
“Essa geração, de forma geral, é entendida como pessoas que apresentam bastante facilidade e domínio das tecnologias, estando inseridas de forma constante em um contexto digital e altamente conectado”, ensina a Gerente.
Ela ainda completa que a Geração Z tem facilidade em se adaptar a diferentes ferramentas e plataformas, o que pode gerar um ganho na conectividade e no crescimento do trabalho.
Assim, é importante que a organização inclua tecnologia em sua rotina.
Como exemplo, plataformas de treinamento online, onboarding digital, ferramentas colaborativas e feedback instantâneo para facilitar a comunicação e o desenvolvimento contínuo.
O nativo digital apresenta como característica a praticidade, além de serem mais realistas, individualistas e dinâmicos.
De acordo com Ludmila, também possuem uma análise crítica a respeito de construir um mundo melhor.
“Tendem a focar menos no dinheiro e mais em qualidade de vida. Por isso, tendem a não ocupar espaços em que não se sintam confortáveis, ou que não agreguem nenhum tipo de valor a eles. Também são pessoas realistas, lógicas e autodidatas”, resume a Gerente.
Entre os seus interesses estão:
Nativos digitais têm um forte interesse em plataformas de mídia social, como Instagram, Facebook, Twitter e TikTok.
Eles frequentemente compartilham conteúdo, interagem com amigos online e acompanham as últimas tendências.
Muitos nativos digitais têm interesse em jogos digitais, desde jogos casuais em dispositivos móveis até jogos mais complexos em consoles ou computadores.
Eles podem participar de comunidades online de jogadores e acompanhar o desenvolvimento de novos títulos.
O consumo de conteúdo digital é uma parte significativa dos interesses dos nativos digitais.
Isso inclui assistir a vídeos no YouTube, participar de transmissões ao vivo, ouvir podcasts e consumir outros formatos de mídia digital.
As pessoas dessa geração estão interessadas em acompanhar as últimas inovações tecnológicas.
Isso pode incluir novos gadgets, aplicativos, inteligência artificial e outras tendências tecnológicas emergentes.
Muitos nativos digitais têm um interesse ativo em questões sociais e políticas, e usam plataformas online para expressar opiniões, apoiar causas e participar de movimentos sociais
Com a facilidade de acesso à informação, os nativos digitais muitas vezes têm interesse em aprender online, seja por meio de cursos, tutoriais em vídeo ou outras plataformas educacionais digitais.
Já no ambiente de trabalho, os nativos digitais buscam maior autonomia, fluidez e interatividade, justamente pelo fato de estarem o tempo todos conectados.
Assim, o ambiente ideal para esse público precisa oferecer:
● flexibilidade;
● comunicações rápidas e;
● aprendizado contínuo.
Há um foco maior em estarem alinhados com realização pessoal e realização profissional.
Por essas características, têm dificuldade em lidar com uma hierarquia verticalizada, cumprimento de horário fixo ou rotina mais maçante.
De acordo com Ludmila, é preciso entender, em primeiro lugar, as diferenças de cada geração e como cada um se coloca no ambiente de trabalho — para que assim consigam encontrar sinergia.
“Para os nativos digitais, é importante que haja um gerenciamento de expectativas, uma comunicação mais direta e objetiva, aliado também a processos tecnológicos/inovadores. Além de que qualquer desafio colocado, que [este] seja também dado com segurança, confiança e no incentivo para assumir os riscos. Incluir também estratégias como mentorias reversas, políticas de trabalho flexíveis e o uso de ferramentas colaborativas”, ensina.
A liderança é crucial nesses momentos, justamente para que haja uma sinergia e também harmonia.
Diferentes gerações conseguem se conectar, mas é importante que o líder promova situações em que as pessoas se sintam confortáveis e que estabeleça o limite de cada uma delas.
“Valorizando espaços onde as pessoas vão se sentir confortáveis para se posicionarem e também expor seus interesses e desejos. Demonstrando valorização, fortalecendo a cultura da empresa e promovendo feedbacks. Assim, a liderança deve demonstrar empatia, facilitar a troca de conhecimentos entre gerações e estar disposta a adaptar suas abordagens de gestão aos públicos de sua gestão”, considera a Gerente.
Os nativos digitais representam uma valiosa força de trabalho no mercado atual, sendo proficientes em tecnologia desde cedo.
Esses profissionais podem ser estrategicamente aproveitados para impulsionar a inovação nas organizações, liderando a implementação de novas soluções e tecnologias.
Sua familiaridade com plataformas digitais facilita a colaboração virtual, permitindo uma comunicação eficiente e flexível em ambientes de trabalho remotos ou distribuídos.
Além disso, eles são adeptos à rápida assimilação de novos conhecimentos tecnológicos.
Eles podem desempenhar um papel crucial em programas de treinamento interno, facilitando a atualização das habilidades de toda a equipe em relação às últimas tendências e ferramentas digitais.
Essa capacidade de adaptação e aprendizado contínuo faz dos nativos digitais ativos valiosos na promoção da transformação digital e na manutenção da competitividade das empresas no cenário contemporâneo.
No aspecto da comunicação e marketing, os nativos digitais possuem uma compreensão instintiva das dinâmicas das redes sociais e das estratégias de engajamento online.
Essa habilidade pode ser explorada para fortalecer a presença digital da empresa, criando campanhas mais eficazes e adaptadas aos canais mais relevantes para o público-alvo.
Em suma, ao reconhecer e canalizar as habilidades dos nativos digitais, as organizações podem construir equipes mais inovadoras, ágeis e preparadas para enfrentar os desafios do mundo digital.
Por serem tão conectados e entenderem de processos de inovação, essa geração demonstra estar mais aberta às novidades, desde que também estejam engajados e compreendam que poderão aprender com a situação em questão.
“Com isso, a Geração Z pode contribuir para os processos de melhoria na empresa, desde que eles sintam autonomia e também sintam engajamento e propósito no que está sendo feito. Em geral, a geração Z tende a apresentar mentalidade aberta para novas ideias e abordagens, habilidades tecnológicas e capacidade de colaboração, habilidades que impulsionam o processo inovador”, considera a gerente.
Portanto, para aproveitar o potencial dos nativos digitais no ambiente de trabalho, é essencial promover uma integração harmoniosa em equipes multigeracionais, reconhecendo e valorizando suas habilidades tecnológicas inatas.
Estabelecer programas de mentoria inversa, nos quais os nativos digitais compartilham conhecimentos tecnológicos com colegas de gerações anteriores, pode fortalecer a colaboração intergeracional.
Além disso, fomentar uma cultura organizacional que encoraje a inovação e o aprendizado contínuo é fundamental, permitindo que os nativos digitais introduzam novas perspectivas e soluções digitais.
Assim, eles contribuem para o aumento da produtividade e a adaptação da empresa às demandas do mercado contemporâneo.
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