Modelos de trabalho: dicas e ferramentas para gerir equipes mistas
Modelos de trabalho distintos coexistindo dentro da mesma empresa tornam a gestão de pessoas desafiadora. Neste mundo pós-pandêmico, nos deparamos com uma realidade onde há colaboradores em regime presencial, outros em home office, e muitos no formato híbrido.
Pensando nisso, este artigo tem como objetivo explorar a complexa dinâmica dos diferentes modelos de trabalho em uma organização e oferecer insights sobre como superar os desafios inerentes a essa diversidade.
Frequentemente, o RH e os líderes corporativos enfrentam o dilema de como gerir com eficácia equipes com formas tão variadas de operar.
Se você também busca aprimorar sua capacidade de liderança em um mundo onde “presencial”, “híbrido” e “home office” são termos corriqueiros, continue a leitura deste artigo.
Ao longo das próximas seções, veremos as nuances desses modelos.
Examinaremos as dificuldades enfrentadas tanto pelos colaboradores quanto pelos gestores, e ofereceremos um conjunto de melhores práticas e ferramentas para que você possa liderar com sucesso equipes mistas.
Vamos começar por entender a realidade dos modelos de trabalho e suas implicações no ambiente corporativo moderno.
A maneira como as empresas encaram o trabalho está passando por uma profunda transformação.
Sabemos que, durante a pandemia, os modelos de trabalho tradicionais tiveram que ser redefinidos para trazer segurança às pessoas e manter uma estrutura mínima de funcionamento das organizações.
O “presencial” ficou restrito às atividades classificadas como essenciais, como saúde e segurança.
Popularizou-se o modelo remoto, também conhecido como teletrabalho, e que era restrito anteriormente aos setores de tecnologia.
Tempos depois, com a desaceleração do vírus e a flexibilização das regras de proteção, o formato híbrido começou a ganhar espaço por acomodar a complexa dinâmica pós-pandêmica.
Atualmente, muitas organizações lidam com os três modelos de trabalho coexistindo. Vamos entender a diferença entre cada um deles.
O trabalho presencial, por muito tempo considerado o padrão, envolve os colaboradores desempenhando suas funções dentro das instalações da empresa, seguindo horários fixos de trabalho.
O trabalho híbrido representa um equilíbrio entre o presencial e o remoto. Neste modelo, os colaboradores têm a flexibilidade de alternar entre trabalhar no escritório e em casa, de acordo com suas preferências e necessidades.
O trabalho home office, ou teletrabalho, envolve os colaboradores executando suas funções de suas residências ou de qualquer local que escolham – anywere office. Trouxe à tona questões cruciais sobre produtividade, bem-estar e conciliação entre trabalho e vida pessoal.
O modelo híbrido é o mais promissor entre os três para o futuro do trabalho, estando em ascensão, como mostra uma pesquisa do Google Workspace em parceria com a consultoria IDC Brasil.
Em 2022, 56% das organizações no Brasil adotavam esse modelo, um aumento significativo em relação aos 44% registrados em 2021. Essa mudança demonstra a adaptabilidade das empresas às novas realidades.
A mesma tendência se mostra também por meio do Índice de Confiança Robert Half (ICRH). Segundo o estudo, 74% dos profissionais desejam trabalhar em um modelo híbrido ao longo do ano.
Entre eles, 41% preferem flexibilidade na decisão dos dias de trabalho presencial, enquanto 33% optam por uma distribuição predefinida de dias remotos e presenciais.
Essas estatísticas refletem a crescente importância de atender às preferências dos colaboradores para manter a satisfação e o engajamento.
A diversidade das equipes mistas, ou seja, das equipes formadas por colaboradores atuando em diferentes modelos de trabalho traz inúmeras vantagens e também desafios únicos.
Entre os colaboradores, os principais desafios são:
Em um ambiente em que da equipe está fisicamente presente e outra parte trabalha remota, a construção de relacionamentos pode ser um desafio.
De acordo com uma pesquisa do Google Workspace em parceria com a IDC Brasil, 46% dos colaboradores sentem dificuldade em construir relações com novos membros da equipe e com colegas de outras áreas da empresa quando trabalham apenas alguns dias no escritório.
Essa falta de interação pessoal pode afetar a coesão do grupo.
Trabalhar em casa pode ser conveniente, mas também pode ser complicado quando se trata de estabelecer limites entre a vida pessoal e profissional.
Manter o foco nas tarefas de trabalho e evitar distrações domésticas pode ser um desafio constante para quem trabalha em casa.
Embora 84% dos colaboradores relatem conseguir separar bem essas atividades, a pesquisa do Google Workspace com a IDC Brasil revela que jovens entre 18 e 25 anos enfrentam mais dificuldade nesse aspecto.
Já para os gestores, as principais dificuldades giram em torno da comunicação, do desempenho e da cultura. Vejamos:
A comunicação é o alicerce de qualquer equipe eficaz. No entanto, em times mistos, a comunicação pode ser prejudicada pela falta de interação presencial.
Gestores enfrentam o desafio de garantir que todos os membros da equipe estejam bem informados, alinhados e engajados, independentemente do modelo de trabalho. Mensagens mal interpretadas e informações perdidas podem resultar em erros e desentendimentos.
Avaliar o desempenho dos colaboradores que trabalham em diferentes modelos pode ser complexo. Gestores precisam desenvolver métricas e sistemas de avaliação que considerem as circunstâncias únicas de cada colaborador, levando em conta a produtividade, qualidade do trabalho e objetivos alcançados.
A cultura de uma empresa é uma parte vital de sua identidade. Manter essa cultura coesa e consistente em uma equipe mista pode ser um desafio.
Os gestores devem encontrar maneiras de transmitir os valores e objetivos da empresa a todos os colaboradores, independentemente de onde estejam trabalhando, para garantir que a cultura organizacional permaneça forte.
Para gerir equipes mistas com eficácia, é fundamental adotar estratégias de comunicação robustas e utilizar ferramentas que facilitem a colaboração e o acompanhamento do desempenho.
Algumas práticas e ferramentas que podem ajudar os gestores a enfrentar os desafios da gestão de equipes mistas.
As reuniões One-on-One são encontros individuais regulares entre gestores e colaboradores essenciais para manter a comunicação aberta.
Essas reuniões proporcionam a oportunidade de discutir metas, preocupações e desenvolvimento de carreira de forma personalizada.
Para equipes remotas, videoconferências podem ser especialmente valiosas para estabelecer uma conexão mais próxima.
Rodas de conversa são encontros periódicos que reúnem toda a equipe, independentemente do local de trabalho. Podem ser feitas por videoconferência.
Essas reuniões promovem a interação, a troca de ideias e a construção de relacionamentos, elementos cruciais para manter a coesão do grupo.
Eles também são uma oportunidade para alinhar a visão e os objetivos da empresa.
Além das reuniões gerais da equipe, é essencial realizar encontros mais técnicos e específicos para cada área de atuação.
Isso ajuda a manter o foco em questões relacionadas ao trabalho e a aprimorar a colaboração em projetos específicos.
Uma plataforma de onboarding eficaz pode facilitar a admissão de novos colaboradores, independentemente do modelo de trabalho.
Ela oferece ao DP a possibilidade de organizar e otimizar o processo de onboarding com automação.
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Uma universidade corporativa online é uma ferramenta valiosa para oferecer treinamento e desenvolvimento contínuo aos colaboradores, independentemente de sua localização.
Isso garante que todos tenham acesso às mesmas oportunidades de aprendizado e crescimento profissional.
Para acompanhar o desempenho de uma equipe mista, é essencial contar com uma plataforma que permita definir metas, avaliar o progresso e fornecer feedback.
Isso ajuda a manter a transparência e a equidade na gestão do desempenho, independentemente do modelo de trabalho.
Adotar essas estratégias e ferramentas pode criar uma base para a gestão de equipes mistas.
No entanto, não basta apenas implementá-las; é crucial ajustar e personalizar essas abordagens de acordo com as necessidades específicas de sua equipe e organização.
Além de buscar ferramentas e estratégias de gestão, é imprescindível que a liderança busque desenvolver habilidades essenciais para a atualidade. E, cabe ao RH, auxiliá-los na busca por essas novas competências.
Aqui estão as principais habilidades que podem fazer a diferença:
A habilidade de comunicar de maneira clara, eficaz e adaptável é crucial.
Isso envolve a capacidade de escolher a melhor plataforma de comunicação para cada situação e garantir que todas as mensagens sejam compreendidas, independentemente do local de trabalho.
A flexibilidade é essencial para acomodar as necessidades e preferências dos colaboradores em diferentes modelos de trabalho.
Os gestores devem estar dispostos a ajustar horários, políticas e processos para atender às diferentes circunstâncias.
Compreender as preocupações e desafios enfrentados pelos colaboradores em diversos modelos de trabalho é fundamental.
A empatia permite que os gestores se coloquem no lugar dos outros e forneçam o apoio necessário.
Em um ambiente digital, a habilidade de utilizar eficazmente ferramentas tecnológicas é indispensável.
Isso inclui conhecimento em videoconferências, plataformas de colaboração online e sistemas de gestão de desempenho.
A gestão de equipes mistas com diferentes modelos de trabalho é um desafio que se tornou a nova norma no mundo corporativo.
Para ter sucesso nessa empreitada, é crucial que os gestores compreendam as complexidades desses modelos, reconheçam os desafios enfrentados por colaboradores e líderes e adotem as melhores práticas e ferramentas disponíveis.
Neste artigo, exploramos os modelos de trabalho, destacamos as tendências, identificamos os desafios enfrentados por colaboradores e gestores, e oferecemos estratégias e ferramentas para superá-los.
Além disso, enfatizamos a importância de desenvolver habilidades como comunicação, flexibilidade, empatia e competência tecnológica para liderar com sucesso equipes mistas.
À medida que o ambiente de trabalho continua a evoluir, a capacidade de adaptar a gestão aos diferentes modelos de trabalho se torna um ativo valioso para qualquer líder.
Ao abraçar a diversidade de modelos de trabalho e promover uma cultura inclusiva, as empresas podem criar equipes mais engajadas, produtivas e resilientes em um mundo cada vez mais dinâmico e flexível.
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