Pesquisa da McKinsey apontou que 44% das empresas top performers acreditam que a tecnologia exerce papel de principal diferencial da estratégia.
O dado foi apresentado durante o Espirito Startup Conference, que aconteceu na manhã de sexta-feira (26), em Vitória (ES), para discutir o papel da inteligência artificial nos negócios.
Em sua apresentação, o anfitrião, Ricardo Frizera, também destacou a consolidação da tendência de uso da IA em todo o mundo, em detrimento do Metaverso, segundo a pesquisa da McKinsey.
O estudo apontou ainda que 69% das empresas top performers pretendem investir mais em softwares e dados proprietários como estratégia do negócio, e 46% em IA.
Essas empresas também enxergam relevância em gerenciar melhor os talentos de TI, colocando eles no core e valorizam habilidades tech no senior management (C-level).
Com isso, elas têm alcançado uma taxa de sucesso na gestão de executivos tech C-level de 72% em desenvolver novas habilidades em colaboradores, 53% em investir na atração de novos talentos e 63% na integração dos novos colaboradores.
Esse cenário é propício para HR Techs, como a UseRH, e empresas com expertise em gestão de pessoas, como a Rhopen Consultoria.
Atualmente, as HR Techs representam apenas 3% das startups no Brasil, conforme pesquisa apresentada no evento pelo diretor executivo da Futura Inteligência, Heitor Fernandes.
As fintechs representam o maior segmento de startups do país, com 12,7%.
Para Ueliton Tonon, CTO do Grupo Rhopen, as HR Techs têm um caminho amplo para crescimento.
“As HR Techs vêm justamente para potencializar os profissionais dentro das empresas, levar as pessoas ao seu máximo potencial, aproveitar integralmente os talentos e dar condições aos setores de RH de trabalharem todas as metodologias de crescimento e desenvolvimento de pessoas através das nossas soluções tecnológicas”.
Segundo Tonon, rotinas e trabalhos repetitivos que podem ser automatizados são o foco da tecnologia e das IAs.
“A IA potencializa o resultado da tecnologia, trazendo maior celeridade. Nesta linha, a IA vem para apoiar ainda mais as rotinas diárias e fazer com que sejam aceleradas, feitas de forma mais rápida, trazendo mais eficiência para as empresas”.
Tonon também destacou que a transformação digital é o segundo maior desafio do RH em 2023, de acordo com estudo da consultoria Think Work em parceria com a HR Tech Atlas, revelando o nível de prioridade que as empresas estão dando à transformação digital na gestão de pessoas.
No painel “Como as grandes empresas estão aplicando as novas tecnologias”, Raphel Covre, diretor de transição na Casa do Adubo, contou sua experiência de implantação de tecnologia para otimizar o atendimento dos clientes, melhorar a eficiência operacional, aumentar as regiões de atuação da empresa e o número de clientes.
Covre explicou que assumiu à frente da implantação e que levou as pessoas mais antigas da empresa para dentro dela. Com isso, conseguiram entender as dores mais latentes da operação e fazer os mais experientes serem os primeiros a dominarem a mudança e tornarem-se promotores da transformação digital.
Já Gustavo Vieira, ex-CIO Global da Vale, investidor-anjo e conselheiro consultivo, que também participou do painel, explicou que a transformação digital é diferente para cada empresa.
“Precisa ser entendido o que se deseja de resultado e discutir com todos”, afirmou Vieira.
Os exemplos reforçam, segundo Ueliton Tonon, CTO do Grupo Rhopen, composto pela HR Tech UseRH e a Rhopen Consultoria, a necessidade das empresas de entender o chão de fábrica e quais são os processos da operação da empresa que fazem sentido serem automatizados e embarcados com tecnologia.
“Assim ela será aderente e virá ao encontro do propósito da empresa de dar lucro, resultado e ter maiores produtividade e eficiência”, concluiu Tonon.