O desenvolvimento de liderança deve ser um projeto contínuo de qualquer empresa. Afinal, o líder é o responsável por traduzir a essência do negócio para os colaboradores.
Se a liderança não estiver executando bem o seu papel, ninguém mais estará. Por isso, é essencial desenvolvê-la constantemente.
Convidamos a especialista e gestora de T&D da Rhopen Consultoria e vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-ES), Fabíola Costa, para apontar as principais ferramentas aplicadas no processo de desenvolvimento de liderança.
Continue a leitura e aprenda a criar um programa para formar líderes eficazes na sua empresa!
Desenvolvimento de liderança é um processo de aprimoramento de habilidades técnicas e comportamentais à luz das diretrizes da organização. Ou seja, alinhado à cultura da empresa e seus objetivos estratégicos.
Segundo Fabíola Costa, o processo prevê a tomada de consciência, o autoconhecimento, e uma longa jornada de aprendizado.
“O líder é acompanhado por sua gestão e os profissionais de RH da empresa, sendo reconhecido por suas conquistas e apoiado em seus desafios“, explica.
Se queremos colaboradores engajados em suas entregas, é necessário que a liderança compreenda fortemente seu papel. Ou seja, busque de maneira constante o autodesenvolvimento.
Fabíola Costa destaca que o líder deve ser uma figura inspiradora e que possibilite um ambiente emocionalmente positivo para se trabalhar. “Ele precisa construir relações de confiança e ser acolhedor com o time“, explica a especialista.
Ter comunicação assertiva e positiva e equilíbrio entre a gestão de pessoas e os processos também são pontos importantes no desenvolvimento da liderança.
É o líder quem traduz a essência do negócio para os colaboradores no dia a dia, fazendo com que a execução de cada atividade faça sentido ou não para os colaboradores.
Para desenvolver líderes é necessário um conjunto de técnicas e ferramentas, não existindo uma única que entregue esse resultado sozinha.
Veja agora quais são elas:
O feedback fornece informações valiosas sobre o desempenho do líder, destacando seus pontos fortes e áreas que precisam de aprimoramento. Isso ajuda a identificar seus próprios pontos cegos e a desenvolver habilidades.
Além disso, o feedback contínuo permite que os líderes aprendam e se adaptem rapidamente, ajustando sua abordagem e buscando novas estratégias para enfrentar os desafios.
Os incentiva a experimentarem e a arriscarem-se com soluções inovadoras.
Sendo uma via de mão dupla, o feedback valoriza a comunicação aberta e transparente entre o gestor e a equipe, ao receber e dar feedback.
Assim, os gestores são encorajados a compartilhar ideias, colaborar e receber feedback de suas equipes.
Isso aumenta o engajamento e a motivação, pois se sentem apoiados e têm a oportunidade de crescer e se desenvolver.
Essa ferramenta chamada e-Leader é uma avaliação 360 de liderança que mensura a frequência de comportamentos observáveis baseados em cinco dimensões essenciais para líderes eficazes: conexão por valor, orientação para resultado, gestão, comunicação e liderança.
O objetivo do e-Leader é proporcionar uma análise ampliada do perfil comportamental de lideranças, entregando, entre outros pontos: conhecimento de como a liderança é percebida pelos liderados, pares e superiores, identificação de habilidades e pontos críticos de melhoria, promovendo o ganho de confiança das lideranças a partir do autoconhecimento.
Também facilita o desenvolvimento da comunicação para construção de relações profissionais de qualidade e provoca mudança de hábitos e comportamentos improdutivos e apoia a execução de um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).
Um grande diferencial desta ferramenta é que o resultado da avaliação é apresentado por meio de uma devolutiva pessoal de duas horas, lançando luz para o avaliado sobre suas principais questões, compondo uma jornada de aprendizado durante o processo.
Desta forma, a empresa consegue desenvolver um pipeline de lideranças identificando potenciais líderes, propiciando o autoconhecimento e desenvolvimento do indivíduo e de habilidades de gestão, além de influenciar positivamente o engajamento das equipes.
Os treinamentos técnicos fornecem conhecimentos especializados e atualizados, permitindo que os líderes compreendam os aspectos mais complexos e avançados de seus campos de atuação.
Essa expertise é essencial para tomar decisões fundamentadas, liderar equipes e enfrentar os desafios específicos do negócio.
Enquanto que os treinamentos comportamentais desenvolvem os líderes em habilidades essenciais como comunicação, colaboração, resolução de problemas e pensamento crítico.
Eles fornecem ferramentas e estratégias para desenvolver essas habilidades-chave, promover uma cultura de inovação e atualização contínua, tomar decisões rápidas e lidar com a incerteza e a mudança constante.
A mentoria oferece uma oportunidade para líderes receberem orientação personalizada de profissionais experientes e bem-sucedidos.
Desta forma os líderes têm uma perspectiva mais ampla para compreenderem os desafios específicos do setor e aprimorarem suas habilidades.
Além disso, entrega aconselhamento estratégico e insights sobre estratégias de negócios, ajuda a identificar possibilidades de crescimento, orienta na definição de metas e prioridades.
Ela favorece também a aquisição ou aprimoramento de competências específicas necessárias para liderança, tanto técnicas quanto comportamentais e a oportunidade de networking e de ter um espaço seguro para compartilhar desafios e preocupações.
Os coaches trabalham individualmente com os líderes, fornecendo orientação, feedback e suporte personalizados. Eles os ajudam a entender seus pontos fortes, identificar áreas de desenvolvimento e a criar um plano de ação para aprimorar suas habilidades.
Por meio do autoconhecimento, o coaching promove a inteligência emocional, ajudando a liderança a se tornar consciente de suas emoções e padrões comportamentais que possam impactar de forma negativa sua gestão e relacionamentos.
Faz parte desse trabalho também a definição de metas claras e mensuráveis, alinhadas aos objetivos estratégicos da empresa, assim como o acompanhamento delas, fornecendo feedback, suporte e responsabilização.
Outra atuação do coaching é no apoio para resolução de problemas e tomada de decisões, auxiliando o líder a considerar diferentes perspectivas, e ainda na formação de mentalidade de crescimento e melhoria constante.
O job rotation se refere à prática de mover os funcionários por diferentes posições e departamentos dentro de uma organização. Desta forma, expõe os líderes a diversas áreas funcionais da empresa, permitindo que adquiram um amplo conhecimento do negócio em sua totalidade.
Uma consequência dessa é a oportunidade de desenvolver uma visão sistêmica e uma perspectiva estratégica mais abrangente. A liderança aprende a conectar os pontos entre as áreas, identificar oportunidades de melhoria e desenvolver soluções integradas.
Além disso, a exposição aos diversos contextos forma uma mentalidade flexível, adaptável às mudanças e colaborativa. O job rotation também auxilia na identificação e no desenvolvimento de talentos para liderança futura.
A organização pode avaliar suas habilidades, competências e desempenho em diferentes contextos. Isso ajuda a identificar líderes emergentes e a criar um pipeline de talentos preparados para assumir papéis de liderança estratégica.
São reuniões entre a gestão e a liderança com o objetivo de ver como está sendo o processo de desenvolvimento e identificar dificuldades.
Na oportunidade, entender o desempenho dele com a equipe, validar ações do dia a dia e tomar ciência da efetividade dos processos iniciados de coaching, treinamento, mentoria, entre outros.
As reuniões de acompanhamento podem ser individuais, como um one:one, ou em grupo.
Os encontros são realizados para relembrar a liderança que ela é uma engrenagem e que o grupo de líderes precisam caminhar juntos.
Isso é necessário para promover colaboração e sinergia entre as áreas de negócio da empresa. Para isso, usam-se dinâmicas, falas e vivências, estimulando a interação e reduzindo a visão isolada da gestão por setores.
Fabíola destaca que a gestão e o RH devem buscar por aquelas ferramentas que fazem mais sentido para a organização e para as pessoas que dela fazem parte.
O objetivo de investir no desenvolvimento da liderança da empresa é fazer com que os líderes consigam estar bem consigo mesmo, permitindo e apoiando, ao mesmo tempo, o desenvolvimento dos liderados.
“Neste sentido, juntos alcançaram resultados extraordinários para a organização e de forma sustentável“, aponta Fabíola Costa.
Esses resultados estão ligados a objetivos organizacionais, como lucratividade e expansão do negócio. Mas também devem estar considerando os objetivos pessoais da liderança.
O que esse líder deseja? Que objetivos ou metas ele tem enquanto líder na vida? O que ele deseja alcançar trabalhando nessa instituição? são exemplos de perguntas a fazer.
“Objetivos organizacionais e pessoais devem conversar entre si para a fluidez de um desenvolvimento consistente, tranquilo e eficaz.”, conclui Fabíola.
Cada organização desenvolverá o seu “como”, ou seja, a sua forma de desenvolver a liderança. Para ajudar, a especialista em T&D, Fabíola Costa, deixa algumas dicas.
– Faça um benchmark e busque ações que façam sentido para a cultura da empresa.
– Olhe para o negócio e identifique quais habilidades técnicas e comportamentais ele precisa e o que as pessoas já oferecem e precisam aprimorar.
– Alinhe e comunique muito bem com a liderança o objetivo do processo de desenvolvimento, o porquê estamos fazendo isso e o que vamos fazer e de que forma.
– Invista tempo no planejamento do programa de desenvolvimento.
– Associe o programa de desenvolvimento à estratégia do negócio, com as habilidades que a empresa precisa que seus colaboradores tenham.
Neste artigo, vimos que o desenvolvimento da liderança deve ser programado e constante nas organizações, para que cresçam sadias e tenham colaboradores engajados.
E, para isso, as empresas precisam buscar ferramentas e ações que convirjam com a cultura organizacional.
Uma dessas ferramentas é o e-Leader, avaliação 360º de liderança desenvolvida por profissionais com mais de 12 anos de experiência formando líderes.
Os treinamentos técnicos e comportamentais também são ferramentas de desenvolvimento de liderança e que podem ser executados com mais facilidade por meio de uma Universidade Corporativa, como a da UseRH.
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