O movimento de pedidos de demissão em massa chamado The Great Resignation ou Big Quit (a grande renúncia, em português) chegou ao País e ampliou o desafio de RH’s na retenção de talentos.
Do total de 1,8 milhão de demissões no mercado formal no mês de março no Brasil, cerca de 603,1 mil foram de pessoas que pediram para sair de seus empregos.
Esse é o maior número de demissões a pedido em um único mês desde janeiro de 2020, segundo levantamento da LCA Consultores com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Quais os setores mais afetados? Qual o perfil dos trabalhadores que pedem demissão no The Great Resignation? Por qual motivo as pessoas estão se desligando de seus empregos? Existe uma solução a curto prazo para a Big Quit?
Vamos te explicar todas essas questões neste artigo.
Quem está pedindo demissão?
Liderando os setores com mais pedidos de demissão estão o de Alojamento e Alimentação, diretamente afetados pela pandemia de covid-19 entre 2020 e 2021.
Se por um lado bares e hotéis tiveram que fechar as portas, empresas com delivery viram o volume de pedidos aumentar vertiginosamente e passaram a ser pressionadas pela rapidez das entregas, a um alto custo da exaustão humana.
Em seguida, os setores de Atividades Administrativas e Serviços Complementares; Informação e Comunicação; e Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas têm a maior proporção de pedidos de demissão dentro do total de vagas.
O que chama a atenção é que os pedidos deste último caso vêm principalmente de profissionais mais qualificados e de setores mais aquecidos, onde naturalmente já existe disputa por atrair e reter talentos.
Ao contrário dos Estados Unidos, onde o movimento começou, no Brasil são as pessoas com mais escolaridade que estão deixando seus empregos.
Por que as pessoas estão pedindo demissão?
Diferentes estudos têm chegado a resultados semelhantes. Segundo especialistas, com o mercado de trabalho aquecido, a tendência é que o trabalhador fique mais seletivo e exigente com as empresas.
Uma pesquisa feita com diretores de recursos humanos de grandes companhias apontou, por exemplo, que 75% dos profissionais que abandonam seus empregos estão em busca de realização pessoal em outra atividade e desejam maior flexibilidade no trabalho.
Já outro recente levantamento realizado pela consultoria Blue Management Institute (BMI) com 48 líderes de empresas com receita anual acima de R$ 1 bilhão apontou que mais da metade dos profissionais que têm melhor condição financeira (54,2% dos entrevistados) passaram a priorizar o modelo de trabalho híbrido.
A ausência de promoção de diversidade, equidade ou inclusão foi identificada como o segundo motivo com (52,1%) das respostas dos líderes.
Em terceiro, o mercado aquecido disputando por profissionais mais qualificados (50%), principalmente na área de tecnologia.
Somente 16,7% teriam desejo por uma promoção salarial, porém associada a maior flexibilidade entre o trabalho remoto e o presencial.
Reforçando as tendências, um estudo do Linkedin mostrou que 78% dos profissionais afirmam que a pandemia fez com que passassem a querer ou a precisar de mais flexibilidade no trabalho, sendo que 49% deles citou a busca pelo equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal como o principal motivo.
Como conter o Great Resignation?
Essa é a pergunta de milhões! Ainda não há uma fórmula mágica que solucione o problema em curto prazo. Especialistas indicam que é necessária uma mudança no posicionamento das empresas.
Primeiro é necessário que o RH entenda os pedidos de demissão que estão acontecendo dentro da empresa e se são de fato uma tendência: qual o motivo? O que é necessário ser reajustado? Onde está o problema? É a política de benefícios, a remuneração, o modelo de trabalho? Que mudanças seriam satisfatórias para a permanência do colaborador?
Em segundo lugar, identificar quais motivos fazem as pessoas permanecerem na empresa, além de compreender como estão indo em suas funções e o que precisam para continuar: existe um plano de carreira? Como está a saúde mental dos colaboradores?
Afinal, o grande desafio do RH neste momento é reter os talentos.
Employer Branding: como está sendo visto
Outra visão clara que as organizações precisam ter é sobre a sua imagem como um bom lugar para se trabalhar.
Esse retrato, sem maquiagens, é fruto do Employer Branding (marca empregadora). Assim como no marketing, esta é uma estratégia de gestão que resultará na reputação da marca entre talentos, colaboradores e candidatos a uma atividade na empresa.
Por isso, a liderança deve se perguntar: quais conceitos têm sido aplicados para atrair candidatos, engajar funcionários e reter talentos?
E também: quais atributos estão sendo compartilhados pelos atuais colaboradores? E qual a reputação da marca percebida como empregadora no mercado?
Universidade Corporativa: arma para engajamento e fortalecimento da cultura organizacional
Diante deste cenário, o engajamento dos colaboradores e o alinhamento deles com a cultura da empresa é essencial para reter talentos. E a educação corporativa tem grande papel na transmissão efetiva dos valores e da empresa, perpetuação da cultura e introdução de novos conceitos.
Utilizando a solução de Universidades Corporativas online, empresas de diferentes mercados têm ampliado a ação estratégica da educação corporativa neste novo cenário de flexibilização do trabalho.
Com esse recurso, é feita uma melhor gestão dos treinamentos e o acompanhamento do progresso dos colaboradores mesmo que à distância.
Algumas das vantagens competitivas de se ter uma Universidade Corporativa são:
- – Atração e retenção de talentos;
- – Fortalecimento da cultura da empresa;
- – Reforço da marca, por meio de um canal de interação e conhecimento;
- – Otimização do planejamento do RH estratégico;
- – Desenvolvimento da liderança para sucessão;
- – Apoio à inovação e à colaboração;
- – Personalização do conteúdo para a realidade e objetivos da empresa;
- – Formação contínua;
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