ARTIGO ESCRITO POR
Ueliton Tonon, CTO da USERH
Você já pensou em desenvolver aplicações completas, funcionais e eficientes, com pouco (ou nenhum) código de programação? É isso que a metodologia e plataformas low-code proporcionam para as equipes de desenvolvimento.
Em um contexto no qual as demandas por soluções tecnológicas aumentam cada vez mais, os times de desenvolvimento precisam ser mais ágeis nas suas entregas e, muitas vezes, buscar alternativas à “programação tradicional”.
Pensando nisso, falaremos nesse artigo sobre low-code, suas aplicações, limitações e popularização, além de um case na UseRH. Continue a leitura e confira!
O que é low-code?
Low-code é uma abordagem ou metodologia que quase não usa codificação no desenvolvimento de seus produtos e softwares. Isso é possível porque são utilizadas plataformas visuais/gráficas nas quais empregam-se lógica básica e recursos de “drag and drop” (arrastar e soltar).
Exemplos populares de plataformas low-code são a Salesforce, Mendix, Microsoft Apps e até o próprio WordPress.
O termo “low-code” significa, de forma literal, “pouco código”, mas existe outro termo muito utilizado para esse tipo de abordagem, que se chama “no-code” (ou “sem código”). A única diferença entre os dois métodos é que enquanto um usa pouquíssimo código em sua construção, o outro usa nenhum.
Para a construção de sistemas mais simples, o no-code é amplamente utilizado, pois agiliza o desenvolvimento, facilita a construção do front-end (interface) e os recursos de back-end (lógica) são mais simples.
Já para aplicações maiores e escaláveis, o low-code é necessário em função da utilização de código para alguns aspectos do back-end.
Uma pergunta que muitos me fazem quando o assunto é low-code é se essas plataformas irão “substituir” os programadores no futuro. A resposta simples e direta é: certamente NÃO!
Mas se você quer saber mais sobre o assunto, recomendo o vídeo do melhor casal da programação, digo, Código Fonte TV: Nossa Opinião Sincera sobre No Code e Low Code! // Vlog #138
Vantagens X Desvantagens
Quando falamos de vantagens e desvantagens, vale levar em consideração que cada plataforma low-code é única e possui suas funcionalidades próprias (assim como suas limitações). Então, trataremos aqui de aspectos mais gerais.
Começando com as vantagens, nós temos:
Desenvolvimento acelerado:
Pois permite a construção de aplicações através de interfaces visuais de simples usabilidade e entendimento para a maioria dos profissionais, até mesmo os que não são da área.
Velocidade nas alterações:
Para alterações mais simples – e até as mais complexas-, o low-code é uma mão na roda. Isso porque, por ser construída dentro de uma plataforma, a aplicação se torna de fácil edição, sem precisar ir no código-fonte.
Não é necessário profundo conhecimento técnico em programação:
Na maioria dos casos a plataforma já oferece tudo de fácil acesso, permitindo que pessoas com pequeno conhecimento lógico consiga utilizá-la com eficiência. Isso permite, inclusive, equipes mais diversas no desenvolvimento.
Apesar de todas essas vantagens (ainda tem muito mais), essa metodologia possui algumas limitações que vale considerar. São elas:
Baixa customização/personalização:
Apesar das plataformas estarem cada vez mais evoluídas nesse aspecto, ainda não há a mesma possibilidade de customização do que se programar o front-end do zero, por exemplo.
Conhecimento específico:
Desenvolvimento e metodologias ágeis para construção de aplicações mais robustas.
A popularização do low-code
Devido às amplas vantagens na utilização do low-code, como agilidade no desenvolvimento, economia e velocidade nas atualizações, essas plataformas estão se tornando cada vez mais populares.
Em um contexto onde a transformação digital se tornou mais que essencial para se manter ativo no mercado, investir em tecnologias que garantam inovação e funcionalidades práticas se tornou a máxima de qualquer negócio contemporâneo.
Segundo a pesquisa Gartner, o mercado de low-code movimentou cerca de U$13,8 bilhões de receita em todo mundo. Além disso, o relatório também aponta que até 2024, 64% dos softwares do mundo serão desenvolvidos a partir dessas plataformas, sendo 50% dessa fatia de empresas fora do mercado de TI.
Como o low-code é utilizado na UseRH
Para o desenvolvimento da UseRH, também foi utilizada a metodologia de low-code através da parceira TrueChange (representante da Mendix no Brasil).
Nós optamos por essa alternativa pois permitia mais agilidade nas entregas dos produtos e funcionalidades, além de possibilitar alterações mais rápidas de acordo com as demandas dos clientes e do mercado.
O low-code permitiu que, em pouco tempo, desenvolvêssemos um módulo inteiro do zero, o de Avaliações, totalmente funcional, eficiente e aderente às demandas dos RHs das empresas. Tudo isso com escalabilidade e extrema segurança nos processos.
Também foi utilizado codificação para algumas integrações e funcionalidades. Até porque, como o nosso sistema foi criado e pensado para profissionais de RH, algumas funcionalidades são muito específicas e precisavam de um desenvolvimento complementar.
Apesar disso, é fato que: se tivéssemos desenvolvido o sistema do zero em codificação, seria um processo muito mais trabalhoso, oneroso e demandaria de muito mais mão de obra, gerando altos custos e entregas menos ágeis. As manutenções e ajustes dos clientes também seriam mais limitadas.
Aqui, na UseRH, a partir de processos otimizados e uma equipe técnica dedicada, conseguimos encontrar o equilíbrio perfeito entre os dois mundos, entregando e escalando um sistema com agilidade e precisão a partir do low-code, mas sem deixar de lado a personalização e funcionalidades específicas que só o código entrega.