As plataformas digitais de RH têm revolucionado a gestão de pessoas, tanto da parte dos RHs quanto das lideranças de áreas.
Elas têm possibilitado visualização, acompanhamento, correção de rotas, feedback e reconhecimento do que é combinado com as equipes. E por isso a UseRH, solução do Grupo RHOPEN, tem observado o crescente interesse e adesão de companhias dos mais diversos segmentos.
No entanto, na ânsia de aplicar a ferramenta ao dia a dia, algumas situações deixam de ser consideradas, ou mesmo invertidas.
“Apesar da tecnologia chegar para somar e ser um grande facilitador de processo, como diria o saudoso escritor Roberto de Castro Neves, ainda somos membros da Natureza Humana Futebol Clube. Isso significa que, por mais profissionalizados que sejam os processos, ainda estamos trabalhando com pessoas e para pessoas. Ou seja: querendo ou não, trazemos para a empresa os mesmos mecanismos de relacionamentos que temos na nossa esfera pessoal”, declara a diretora Técnica da UseRH, Jaciara Pinheiro.

“Posto isso, entre avaliação de desempenho e metas, o que estabeleço primeiro para meus colaboradores? Ouso responder que são as metas, e explico o por quê”, completa a executiva.
De acordo com a especialista, uma vez que a avaliação afere o desempenho dos colaboradores, primeiro deve-se combinar algo para depois avaliar.
“Quando eu transfiro o colaborador para uma função, preciso alinhar com ele entregas, prazos, comportamentos, e, acima de tudo, posturas e atitudes. As empresas em geral têm pecado muito nessa parte, e por mais simples e óbvio que pareça, esse simples e óbvio custa tempo e dinheiro”, alerta Jaciara.
A executiva enumera cinco perguntas que os gestores devem considerar para si na avaliação de desempenho de suas equipes:
- Eu sei expressar ao meu colaborador o que espero dele?
“Aqui vai desde os OKRs, até os aspectos comportamentais. Não adianta repreender ou questionar se antes você não deixou claro o que deveria ser cumprido”, esclarece Jaciara.
- Eu alinhei sobre possíveis mudanças e ajustes de rota?
“Quando realizamos o processo seletivo, temos a tradicional descrição de cargo e atribuições, mas muitas vezes isso muda no meio do caminho e deve ser considerado na avaliação. E, nesse meio do caminho, você alinhou com seu colaborador se haveria mudanças nas metas? Se sim, pontuou quais?” questiona a executiva.
- Meu colaborador sabe os comportamentos e resultados esperados dele para ser considerado uma pessoa de bom desempenho?
“Essa pergunta evita diversos saltos no escuro e transbordamentos de ansiedade”, aponta Jaciara, acrescentando também o risco da “síndrome do coelho de Alice”, como é conhecida no meio empresarial: “se você não indica para seu colaborador para qual caminho ele deve ir, qualquer caminho serve. Daí eu pergunto: serve mesmo?” provoca a executiva.
- Estou cobrando algo que não combinei?
Cobrar algo do time que não se combinou antes é acreditar que o óbvio existe! E, na verdade, não existe óbvio quando falamos de pessoas, expectativas e entregas. É preciso combinar antes para não sair caro depois.
“Se um líder quer, de verdade, que as pessoas à sua volta se desenvolvam e entreguem cada vez mais, precisa realizar combinados bem feitos. Só é possível avaliar o que atende ou o que supera se tivermos uma régua de medida, e o combinado cumpre esse papel”, explica Jaciara.
“Desta forma, acreditar que não se precisa combinar as coisas ‘porque as pessoas devem ser proativas’ é querer que sejam ‘mágicos com bola de cristal!’”, conclui.
- Toda a minha equipe sabe o que eu espero?
“Um colaborador confuso pode eventualmente ser um sinal isolado, porém serve de alerta. Já dois colaboradores com pouca clareza de conduta já acendem o sinal amarelo. Mais do que isso, já há uma demonstração palpável de que o problema não é a sua equipe e, sim, as instruções não estão sendo transmitidas com clareza ao time”, avalia Jaciara.
“Se sua equipe apresenta esses sinais, cabe fazer uma autoavaliação e verificar se os meios e mensagens utilizados estão em consonância e, caso não estejam, quais ruídos devem ser corrigidos o quanto antes”, pondera.
Para finalizar, a executiva ressalta que, atrás de todas as variáveis citadas, está algo intrínseco ao relacionamento humano: o alinhamento de expectativas.
“O filósofo Luiz Felipe Pondé tem uma frase sobre relações interpessoais que também é usada de forma bem oportuna no meio corporativo: ‘A origem do ressentimento da humanidade está no desalinhamento de expectativas’. Em suma, eu não posso cobrar e nem nutrir expectativas por aquilo que não combinei, tampouco alinhei. Isso deveria ser o básico de qualquer conduta entre gestores e equipes, porém é uma dor que acomete equipes de empresas de todos os portes e expertises”, completa Jaciara.
SOBRE A USERH
A UseRH é uma plataforma digital de gestão de Recursos Humanos pensada por profissionais de RH. É a solução para empresas que desejam automatizar seus processos de forma simples, intuitiva, amigável e com alto potencial de engajamento dos usuários.
A plataforma da UseRH possibilita experiências digitais positivas de treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho e, em breve, de onboarding.