A adoção de treinamentos corporativos ajuda a garantir o preparo e a atualização dos membros da empresa em relação a tendências e mudanças do mercado, o que tende a aumentar seu nível de produtividade e competitividade.
Associados a uma estratégia de desenvolvimento, os treinamentos corporativos promovem novos conhecimentos, habilidades, atitudes, competências e comportamentos nos colaboradores.
A capacidade de atrair e reter talentos, também é positivamente impactada pelos treinamentos corporativos, assim como a motivação dos colaboradores.
No entanto, para que a eficiência seja máxima e a empresa realmente aproveite os benefícios dos treinamentos e das capacitações, é necessário contar com um planejamento cuidadoso e líderes que acreditem no poder dessa prática.
Os 5 erros em treinamentos corporativos
O detalhe é que, por se tratar de um processo complexo, é comum que surjam dúvidas ao longo do desenvolvimento dos treinamentos corporativos dentro da organização.
Isso sem falar nos erros comumente cometidos, que não só reduzem os benefícios da prática como podem até mesmo prejudicar a produtividade e a motivação do time.
É preciso que a empresa opere como uma facilitadora do aprendizado dos seus colaboradores, ajudando-os a adquirirem as competências necessárias para o trabalho e para melhoria dele.
Para evitar eventuais falhas por pura falta de conhecimento, listamos abaixo alguns dos erros mais comuns cometidos ao oferecer treinamentos para funcionários nas empresas. Confira!
1. Não realizar o Levantamento de Necessidades de Treinamento (LNT)
Para garantir a eficiência dos seus treinamentos corporativos, é essencial que ele busque atender às necessidades dos colaboradores e da empresa.
Caso contrário, seu treinamento pode não ter um objetivo claro, e aí acabará se tornando obsoleto e não trará um bom retorno sobre o investimento no T&D.
Por isso, é necessário identificar as lacunas de conhecimento e habilidades dos colaboradores e outros problemas – pontuais ou crônicos – e desenvolver treinamentos visando resolver essas questões.
A maneira mais adequada de identificar esses problemas ou lacunas de conhecimento é por meio do levantamento de necessidades de treinamento (LNT).
Uma das formas de realizar o LNT é por meio da análise do plano de cargos e salários (PCS). Esta ferramenta utiliza parâmetros técnicos para definir as remunerações dos cargos e as responsabilidades exigidas para cada um deles.
O aperfeiçoamento das habilidades e competências necessárias para executar cada função são prioridade no plano de desenvolvimento dos colaboradores, contribuindo para o LNT.
Outras fontes de informação para o LNT são a Pesquisa de Clima e a Avaliação de Desempenho, os objetivos estratégicos e, claro, a opinião dos próprios colaboradores.
Em uma visita técnica à área é possível também identificar necessidades de melhoria inloco.
Com a realização de um LNT adequado, o profissional do RH consegue definir as metas, prioridades e objetivos dos treinamentos com maior facilidade.
2. Não incentivar a participação da equipe
É comum que empresas ofereçam oportunidades de capacitação aos seus colaboradores, mas que, direta ou indiretamente, desincentivem a participação de sua equipe em seus programas.
Isso é algo que pode ocorrer facilmente quando o time de liderança ou gestores não estão engajados em promover iniciativas de treinamento corporativo em suas áreas.
Profissionais de cargos mais elevados podem achar que programas de capacitação estão tomando um tempo precioso de suas equipes, ignorando que participar dessas iniciativas pode trazer benefícios para a organização como um todo.
Nesse sentido, é essencial que gestores e líderes internos reconheçam a importância dos treinamentos corporativos e incentivem suas equipes a participar, assim como os programas precisam facilitar o engajamento de qualquer profissional interessado em se dedicar ao aprendizado de um assunto.
Uma liderança desengajada nos treinamentos expressa a falta de uma cultura de aprendizagem contínua na empresa.
Além disso, organizações exponenciais buscam por profissionais que sejam fornecedores de conhecimento e competências. Ou seja, capazes de trazer inovações e soluções disruptivas e de lidar com novas tecnologias.
Porém, se a empresa não cultivar esse valor, não irá estimular a liderança nem os colaboradores a participarem dos treinamentos.
3. Não oferecer treinamentos corporativos gamificados e personalizados
Vivemos um momento de aceleração tecnológica e transformação digital, o que significa que não se aproveitar da tecnologia é ficar para trás.
Por essa razão, a dica é: use a tecnologia a seu favor e ofereça um treinamento gamificado e personalizado aos seus colaboradores.
O objetivo é tornar os treinamentos corporativos mais lúdicos e interessantes para o público.
Gamificar e personalizar qualquer treinamento com facilidade é um benefício que apenas a tecnologia pode oferecer, e você definitivamente deve considerar aplicar em seus treinamentos.
Enquanto a gamificação comprovadamente aumenta a taxa de engajamento de processos corporativos, realizar um treinamento personalizado para seu colaborador ou equipe pode engajar ainda mais.
Isso tem a ver com o comportamento humano. Aprendemos mais facilmente movidos por necessidade, curiosidade ou prazer; com autonomia; entendendo o propósito; com motivação e respeitando a nossa história de vida.
Por essa razão que treinamentos gamificados são tão eficazes!
4. Não acompanhar os indicadores de desempenho
Em treinamentos corporativos, os indicadores de desempenho (ou KPI) são métricas para analisar as performances e acompanhar o desempenho de colaboradores ou grupos de colaboradores.
É importante analisar os indicadores de desempenho para saber se suas estratégias estão funcionando e se os treinamentos têm surtido efeito.
Com os indicadores é possível identificar pontos fortes e fracos dos treinamentos corporativos; as ações que foram mais efetivas; e as dificuldades que os colaboradores enfrentaram.
Alguns indicadores usualmente acompanhados pelas equipes de T&D são: Retorno sobre o Investimento (ROI); taxa de adesão; avaliação de reação ou satisfação; taxa de aplicação do aprendizado e taxa de abono.
Aliando essa técnica ao levantamento de necessidades de treinamento, você poderá ter certeza de que está investindo nos treinamentos corretos e sanando os principais problemas relacionados ao desenvolvimento de colaboradores.
5. Não mensurar os resultados após os treinamentos corporativos
Assim como o acompanhamento do desempenho dos colaboradores durante o treinamento é importante, também é necessário mensurar os resultados após a realização do processo.
Isso ocorre porque, dessa forma, é possível entender o verdadeiro impacto do treinamento para o colaborador, isto é, é possível comparar o seu nível de conhecimento antes e depois do treinamento.
Não mensurar estes resultados implica em não conseguir mensurar dados extremamente valiosos para futuros planejamentos e, consequentemente, para o desenvolvimento de sua empresa e colaboradores.
Além disso, não há como apresentar métricas concretas para a gestão sobre a efetividade das ações de T&D.
A importância dos treinamentos corporativos no Brasil
Por falar em métricas, a pesquisa Panorama do Treinamento no Brasil traz uma análise detalhada do cenário do T&D no país, e reforça a importância de mensurar o trabalho para que seja relevante, estratégico e cada vez melhor exercido.
A última edição, por exemplo, mostrou que o custo do investimento anual em T&D aumentou 34% de 2021 para 2022, retomando os valores pré-pandemia, ficando em R$ 1.012 por colaborador:

O dado indica que os treinamentos corporativos voltaram a ter espaço de destaque na estratégia de desenvolvimento de colaboradores e líderes.
Com isso, torna-se ainda mais indispensável ter dados sobre a efetividade das ações de T&D, para que as decisões sejam mais assertivas e valorizadas, assim como melhorias e correções de rota possam ser implementadas.
A pesquisa evidencia também a diferença de investimento em T&D por porte de empresa.

Os quatro principais critérios para definição do orçamento de T&D, segundo os 581 respondentes da pesquisa, são: previsão, com base nos anos anteriores; o Levantamento das Necessidades de Treinamento (LNT); o planejamento estratégico e o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) dos colaboradores.

Em segundo lugar, o LNT teve 48% das respostas, reforçando sua relevância no planejamento das ações de T&D.
Outros dois dados interessantes são a utilização de formatos digitais nos treinamentos, como EAD e online, representando 67% dos treinamentos realizados, e a presença de um professor na condução de 64% dos treinamentos, independente de serem digitais ou presenciais:

Por fim, vale ressaltar que a maioria dos respondentes da pesquisa realizam apenas avaliação de reação sobre os treinamentos corporativos, deixando avaliações mais complexas de lado.
A razão pode ser exatamente o esforço demandado para acompanhar e associar os treinamentos aos resultados. Por isso, a pesquisa recomenda selecionar projetos mais estratégicos para realizar avaliações complexas.
Conclusão
Como podemos ver, o treinamento e desenvolvimento de colaboradores é uma área relevante do RH, cujo trabalho impacta no engajamento dos funcionários, na sua capacidade produtiva e de inovação.
Para realizar uma estratégia eficaz de treinamentos corporativos, o RH deve ficar atento aos erros mais comuns quando o assunto é treinamento de colaboradores, principalmente à necessidade de planejamento prévio e de mensuração de resultados.
Como dissemos, elaborar treinamentos corporativos pode não ser uma tarefa tão fácil quanto parece. Começar do zero, sem a ajuda de uma solução em treinamentos, pode dificultar ainda mais.
A contratação de uma solução online em treinamentos corporativos pode auxiliar muito o RH da sua empresa, poupando tempo e custos, além de garantir a eficiência da aprendizagem.
Um software de RH bem escolhido pode trazer mais organização e agilidade para o seu T&D.